CBN Tocantins
NA JUSTIÇA | 10 de Dezembro de 2018
MPE aponta proximidade entre deputado e secretário de Estado como indício para irregularidade
Foto: Reprodução / Google Maps
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O Ministério Público Estadual citou a proximidade entre o deputado estadual Olyntho Neto e o Chefe da Casa Civil, Rolf Vidal, como suposto indício de irregularidade na dispensa de 12 delegados regionais e três servidoras da DRACMA - Delegacia de Repressão aos Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública, publicadas no Diário Oficial do Estado do Tocantins no mês passado.

A citação ocorreu na petição inicial do processo movido pelo órgão contra o Governo do Estado que pede a anulação das portarias que oficializaram o afastamento dos servidores. 

Segundo o documento, o atual Chefe da Casa Civil, Rolf Vidal, assumiu seu primeiro cargo político por indicação do deputado estadual Olyntho Neto, em 2012. E desde então teria ocupado pelo menos outros quatro cargos de confiança por indicação do parlamentar, inclusive a chefia da Casa Civil em março deste ano, após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda e as mudanças administrativas promovidas pela nova gestão. 

Olyntho Neto (PSDB) está no centro de dois grandes escândalos investigados pela Polícia Civil do Tocantins: o esquema do lixo hospitalar, que segundo as investigações está diretamente ligado com seu pai, o ex-juíz federal João Olinto; e a interceptação de uma mala de dinheiro ocorrida às vésperas do primeiro turno das eleições gerais. Até o mês passado ele era líder do Governo da Assembleia Legislativa.

Como histórico de indicações de Olyntho que beneficiaram Vidal, o Ministério Público concluiu que o atual chefe da Casa Civil pode ser considerado homem de confiança do deputado. E isto, aliado ao fato de que o beneficiado foi o responsável pela edição e assinatura das portarias, poderia ter sido feito como retaliação pelas investigações conduzidas pela Polícia Civil. 

A principal justificativa do MPE para o pedido de anulação está relacionada à legitimidade dos atos do Executivo Estadual, uma vez que o órgão acredita que as dispensas e exonerações ocorreram de forma dissimulada sob pretexto de corte de gastos, quando na realidade configura como retaliação política. 

A Assessoria de Comunicação do deputado citado nesta reportagem foi procurada para comentar o assunto, mas não respondeu.

Por: Ananda Portilho

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