Para quem já esperou tanto tempo por uma cirurgia ortopédica no hospital geral de Palmas, sem saber quando iria para o centro cirúrgico, a notícia chega a ser motivo de comemoração. A secretaria estadual da Saúde terá exatos vinte dias, contados a partir desta sexta-feira, para regularizar o atendimento de 103 pacientes que que estão na fila do procedimento de urgência e emergência. Esse foi o resultado da audiência de conciliação que ocorreu na tarde desta quinta-feira, entre SESAU, ministério público estadual, e defensoria pública. Outro compromisso assumido pelo governo na audiência, será apresentar em trinta dias, a relação daqueles pacientes que esperam pelas cirurgias eletivas, menos urgentes mas ainda assim necessárias. Se descumprir o acordo, a multa diária será de cinquenta mil reais. O secretário estadual da Saúde, Samuel Bonilha, disse que os hospitais possuem as condições necessárias para realizar as cirurgias, mas o entrave é a falta de profissionais e a dificuldade na contratação dos médicos.
A audiência de conciliação foi uma tentativa de evitar mais uma judicialização na saúde do Tocantins, ou seja, colocar nas mãos de um juiz ou desembargador uma decisão que originalmente cabe a um gestor público. A promotora Maria Roseli Almeida afirmou que só a assinatura do acordo não basta, o Estado precisa ser efetivo nas ações.
Durante a audiência de conciliação não esteve em discussão o relatório elaborado pelo Conselho Regional de Medicina sobre o hospital geral de Palmas. O documento do CRM aponta uma série de irregularidades, mas segundo o MPE, defensoria pública e secretaria de Saúde, o relatório ainda não teria sido recebido.
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