CBN Tocantins
OPERAÇÃO CATARSE | 7 de Dezembro de 2018
Polícia Civil investiga mais de 300 servidores fantasmas na Secretaria de Governo
Foto: Lia Mara / Jornal do Tocantins
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Após apreensão de documentos na manhã desta sexta-feira no Palácio Araguaia, durante a Operação Catarze, que investiga casos de funcionários fantasmas no estado, a Polícia Civil descobriu uma discrepância na folha de pagamento da Secretária de Governo do Estado, de 324 servidores, ou seja, a investigação apontou que a folha de pagamento da Secretaria de Governo não bate com a folha de frequência e portanto, há uma suspeita, segundo informou o titular da Deic, Delegacia Estadual de Investigações Criminais de Araguaína, durante coletiva de imprensa, no início desta tarde, José Anchieta de Menezes Filho, de que essas pessoas podem ser funcionários fantasmas.

A partir de agora, a Polícia Civil, por meio de uma força tarefa que será realizada em todas as regionais deverá abrir vários inquéritos para apurar os 324 casos de suspeita de funcionários fantasmas no Estado. Ainda segundo o delegado, o Total da Folha de pagamento da Secretaria de Governo do Estado passa de um milhão de reais por mês.Somente em Araguaína até o momento cerca de 10 servidores supostamente fantasmas estão sendo investigados. 

Um dos casos investigados é da enfermeira Alcyany Chaves de Melo Feitosa, que segundo a Polícia é concursada é concursada como enfermeira e trabalhava no Hospital Regional de Araguaína, no entanto em meados de junho do ano passado foi cedida para a Secretaria de Articulação Política. Mas, desde esta mesma época ela estaria cursando medicina em uma universidade no Paraguai e recebendo normalmente um salário de R$4 mil todos os meses. Já o outro caso é de uma proprietária de um hotel de luxo lá em Araguaína. Ela é concursada como farmacêutica, no entanto há dois anos foi cedida da Secretaria de Saúde para a Secretaria de governo. E também não estaria exercendo a função, mas recebendo também todos os meses. Somando os dois casos apurados até agora, a investigação aponta que os prejuízos aos cofres públicos seriam de R$ 310 mil.

Os inquéritos, segundo a Polícia Civil, não tem prazo para serem concluídos.

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