Nos últimos anos uma nova forma de empreender tem ganhado força no Brasil. Através das startups é possível atingir mercados mundo a fora. Uma boa ideia, munida de tecnologia são a base para quem deseja se arriscar nessa maneira de negócio. Aliás, risco é outra palavra-chave no universo startup, segundo uma das várias definições a respeito do assunto, que são muitas. É isso que defende também o gestor de startups Sebrae Tocantins, Jeferson Moraes. Para ele, três elementos são fundamentais para caracterizar uma startup:
O Tocantins também já está seguindo essa tendência mundial. Atualmente o Sebrae aqui no Estado oferece suporte a cerca de 18 projetos, que abrangem 16 nichos diferentes. Mas essas inciativas que na sua maioria se concentram na capital, ainda são poucas. Não por falta de oportunidade. Para Jeferson isso é o que não falta no Tocantins.
Se sobram oportunidades no Estado, tem gente de fora aproveitando. A startup baiana Pastar, um aplicativo para celulares, gratuito, que viabilizar serviços como arrendamento de pastagens e comercialização de gado, encontrou no Tocantins espaço o necessário para atender ao mercado nacional. Um dos criadores do projeto, Mateus Ladeia, de apenas 21 anos, explica como:
Mas se estão sobrando oportunidades no estado, porque as inciativas ainda são tímidas? Bem, se por um lado as startups sugerem alta rentabilidade a baixo custo, vale lembrar que por outro lado, elas oferecem muitos riscos. Num estado onde predomina o funcionalismo público, a busca pela estabilidade, característica tão presente para quem vive aqui, pode ser um entrave para a propagação desse modelo. Para Jeferson é necessário despertar no tocantinense o interesse pelo empreendedorismo.
Bom, mas há também quem se arrisque e aposte na própria ideia. O engenheiro ambiental, de 28 anos, Maikon Schiessl (Le-se Xissel) formou-se aqui no Estado, pela UFT e resolveu permanecer no Tocantins. Ele conta que sempre teve interesse em empreender, viu no Tocantins a oportunidade e optou por investir aqui. Ele é um dos criadores do Projeto Agra, que reuni mais 3 sócios e consiste em oferecer ao produtor rural informações climáticas que possam nortear o plantio.
E não foi apenas a equipe do Agra que apostou nessa ideia. Além de utilizar recursos próprios, hoje o grupo conta com outros financiamentos. Um deles vem do Programa de Apoio à Inovação Tecnológica em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Tecnova Tocantins, que incentiva a inovação.
Maikon engrossa o coro ao afirmar que um das dificuldades para o desenvolvimento da startup foi a mão de obra. O Estado dispões de mão de qualificada, mas em sua maioria ela não estar interessada na inciativa privada.
Como deixa claro Maikon, apesar das dificuldades, a aposta no projeto é alta. Ele deve ser lançado nesta quinta-feira e seus criadores esperam que dentro 2 dois anos o retorno seja de aproximadamente 10 milhões de reais.
Bem, se é característico de parte dos tocantinenses busquem a estabilidade, é também característico do Estado a ocupação por pessoas que se arriscaram a viver em estado novo em busca de oportunidades. Jeferson Moraes acredita que é questão de tempo para que o cenário de empreendedorismo, incluindo o digital mude no Tocantins.
No Estado algumas organizações oferecem suporte a inciativa de statups. As informações podem ser obtidas junto ao Sebrae Tocantins, AJEE (Associações dos Jovens Empresários e Empreendeores do Tocantins), Movimento Startup Tocantins e o GBG (Google Business Group)
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