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TENDÊNCIA | 13 de Abril de 2015
Cada vez mais jovens optam por priorizar os estudos e entrar mais tarde no mercado de trabalho
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jovens mercado de trabalho

A entrada tardia no mercado de trabalho é uma tendência está se instalando entre os jovens brasileiros. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Continua (Pnad Continua), ligada ao IBGE e que produz informações sobre a inserção da população no mercado de trabalho, mostrou que do início de 2012 a final de 2013 o país perdeu mais de 1 milhão de trabalhadores com idade entre 14 e 24 anos. Por outro lado, o número de trabalhadores com mais de 25 anos cresceu quase 6%, com destaque para pessoas com 60 anos ou mais.

De acordo com a professora de Economia da Universidade Federal do Tocantins, que é mestre em Economia do Trabalho, Ana Lúcia Medeiros, a entrada tardia desses jovens no mercado de trabalho se deve a dois fatores

Como apontou Ana Lúcia Medeiros, existem algumas condições que possibilitam esse adiamento para aqueles que optam por estudar, como por exemplo, as facilidades de estudo oferecidas por programas do governo nos últimos anos. Em alguns casos os jovens contam também com apoio financeiro dos pais e com a oportunidade de permanecerem na casa deles por mais tempo. Mas essa realidade ainda é para poucos

A engenheira de alimentos Cláudia Auler, optou por entrar mais tarde no mercado de trabalho. Ela priorizou os estudos e hoje aos 30 anos, já é doutora em sua área. Como tinha claro que queria seguir a carreira acadêmica, Claudia foi engatando uma pós-graduação na outra e antes mesmo de terminar o doutorado, já havia passado em concurso para professora universitária.

Mas Ana Lúcia Medeiros, alerta que apesar de ser uma exigência do mercado, a qualificação nem sempre é garantia de bons empregos e altos salários.

Segundo a professora é inegável que essa escolha traz ganhos em termos de conhecimento, mas por outro lado, o jovem que opta por entrar tardiamente no mercado pode encontrar mais dificuldades na hora de exercer a prática e levar mais tempo para amadurecer profissionalmente.

A engenheira Cláudia Auler admite que teve um pouco de dificuldade no começo, mas nada que comprometesse o seu desempenho. Para ela o processo de adaptação está presente independente do tempo que se leva para começar

Mas essa opção não traz mudanças apenas para o perfil e a qualidade de vida do trabalhador. Existe um impacto também no mercado de trabalho, que deve ser considerado.(Gabriela Lago)

 

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