CBN Tocantins
PREVIPALMAS | 18 de Março de 2019
CPI do PreviPalmas é retomada com novo presidente e relator
Foto: Redação Secom
Foto

A CPI do PreviPalmas agora é presidida pelo vereador Milton Néris, do PP, e com relatoria da vereadora Laudecy Coimbra. A comissão precisou ser reestruturada depois da saída dos ex-vereadores Professor Júnior Geo, do PROS, então presidente da CPI e Léo Barbosa, do SOLIDARIEDADE, que tomaram posse como deputados estaduais no último dia 1º de janeiro.

É importante destacar que a CPI deveria ter sido encerrada em janeiro, quando estava sob relatoria do vereador Marilon Barbosa, do PSB, mas à época o parlamentar considerou que peças importantes para a investigação não tinham sido ouvidas, como o ex-presidente do PreviPalmas, Maxcilane Fleury, que foi intimado por várias vezes, mas não compareceu para depor.

Entre os depoimentos que foram registrados está o do ex-prefeito Carlos Amastha, que negou ter conhecimento dos investimentos feitos de forma irregular com recursos do PreviPalmas e confessou que as indicações para a presidência do instituto foram feitas de forma política, assumindo responsabilidade de somente uma nomeação das cinco feitas durante sua gestão.

Também foram ouvidos o presidente do Conselho Municipal de Previdência, Eron Bringel, e o atual presidente do PreviPalmas Carlos Júnior Speogioli. Também foram ouvidos o ex-diretor de investimentos, Fábio Martins, representantes das gerenciadoras dos fundos Tercom e Cais Mauá, além de outras pessoas que tiveram ligação à época dos investimentos ou após.

A CPI do PreviPalmas foi instaurada em agosto do ano passado para investigar o investimento de 58 milhões de reais de recursos do PreviPalmas, o instituto de previdência dos servidores municipais. Do total, 30 milhões foram investidos nas obras do Cais Mauá, no Rio Grande do Sul, em setembro de 2017, mas segundo a ex-gerenciadora do fundo, as obras nunca começaram. Em depoimento, o atual presidente do PreviPalmas informou que as contas do fundo estavam praticamente zeradas. O prazo para o resgate do investimento é de 12 anos. Outros 20 milhões de reais foram investidos no Fundo Tercom em duas aplicações de 10 milhões de reais cada. Esse investimento rendeu e de acordo com o presidente do PreviPalmas já contabiliza um fundo de 70 milhões. Oito milhões de reais foram investidos na Caixa Econômica Federal.

As irregularidades dos 50 milhões do Fundo Tercom e do Cais Mauá estão relacionadas aos processos administrativos, já os oito milhões aplicados na Caixa Econômica, segundo a CPI, estão em desacordo com as regras de investimento do PreviPalmas.

Sob nova presidência e nova relatoria, a previsão, agora, é que o relatório seja concluído até o dia 5 de maio deste ano. Entre as questões que a CPI quer esclarecer estão se o Instituto tinha autonomia nos seus investimentos e quem autorizou os investimentos irregulares.

Leia também

  • EM ARAGUAÍNA
    25.04.2024
    Em Araguaína, um homem de 29 anos foi agredido por dois assaltantes durante a madrugada desta quinta-feira, 25, e depois encaminhado para o Hospital Regional da cidade. Confira as informações desta ocorrência com a repórter Dayse Gomes...
    NO NORTE
    25.04.2024
    Um homem de 58 anos condenado por estupro de vulnerável foi preso pela Polícia Federal em Muricilândia, no norte do Estado. Acompanhe os detalhes do caso com a repórter Dayse Gomes!