A Polícia Federal do Rio Grande do Sul realiza nesta quinta-feira a Operação Gatekeeper que apura supostas fraudes relacionadas com fundos de investimentos ligados ao consórcio detentor da concessão do Cais Mauá, em Porto Alegre. Esse empreendimento recentemente ganhou repercussão no Tocantins, em especial em Palmas, por ter tido aplicação de 30 milhões de reais com recursos do Instituto de Previdência Municipal, o PreviPalmas. O investimento foi considerado fundo de alto risco, além de ter apresentado diversas irregularidades no trâmite administrativo realizado, comprovadas por um relatório elaborado pela própria instituição. Essa aplicação resultou na exoneração do ex-diretor de investimentos do PreviPalmas, Fábio Martins e afastamento de parte da diretoria do instituto, entre eles o ex-presidente Maxilane Fleury.
Nesta fase da operação os mandados judiciais são destinados apenas para Porto Alegre e Rio de Janeiro. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão aparece o prédio sede de uma das gestoras de investidores ligadas à concessão, a Icla Trust, empresa com quem foi realizada a aplicação feita pelo PreviPalmas e que já causou um prejuízo de mais de quase 400 milhões de reais ao Igrepev, Instituto Estadual de Previdência. De acordo com a polícia federal as investigações, que começaram em 2013, apontaram a participação de agentes públicos e políticos.
Em março, o Conselho de Previdência do PreviPalmas após divulgação do relatório, enviou o documento para todos os órgãos competentes de fiscalização solicitando o cancelamento do investimento de 30 milhões de reais, entre outras medidas de apuração e execução relacionadas às irregularidades apontadas.
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