Natural de São Paulo, a consultora de moda, Patrícia Alinne dos Santos, de 29 anos de idade, teve a vida interrompida no último dia 7. O corpo frio e sujo de sangue foi encontrado na manhã seguinte na região norte de Palmas, abandonado, quase despido, machucado, baleado. O principal suspeito do crime é o ex-namorado, Iury Italu Medanha. A motivação: ele não aceitou o fim do relacionamento.
Patrícia Alinne é, agora, mais uma das vítimas de feminicídio no Tocantins. Estado que possui uma taxa de 4,1 crimes desse tipo a cada 100 mil habitantes do sexo feminino. Somente em 2017, segundo dados do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 32 mulheres morreram assassinadas no Tocantins, vítimas de feminicídio. Os dados de 2018 foram solicitados à Secretaria de Estado da Segurança Pública, mas a pasta informou que não registra a morte de mulheres por feminicídio. Esses casos são notificados como homicídio doloso. De acordo com os dados mais recentes fornecidos pela Gerência de Inteligência, Análise e Estatística de janeiro a abril deste ano o Tocantins teve quatro mulheres assassinadas, mas não é possível afirmar se foram casos de feminicídio. Apesar de ser um crime contra a mulher, os casos são conduzidos pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa e a punição para quem comete esse tipo de crime é mais severa. Acompanhe a reportagem de Ananda Portilho.
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