Comprar por impulso é uma prática que foi confessada por 52% dos brasileiros em 2014, segundo dados divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). A facilidade na hora de comprar é uma das motivações. Mas e quando comprar se torna uma patologia? A psicóloga Cristina Ferro, explica como identificar e tratar o problema.
De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), no ano passado, mais da metade dos brasileiros comprou por impulso. As facilidades na hora de comprar como descontos e promoções, motivaram as compras. Mas e quando o ato de comprar sai do controle e comprar por impulso se torna um problema?
Segundo a psicóloga, Cristina Ferro, o comportamento de comprar acessa um sistema de recompensa, que faz com que a compra seja associada ao prazer. O problema pode acontecer quando o prazer se realiza no ato de comprar em si.
O comportamento de comprar como patologia, pode ser identificado através dos prejuízos que o individuo passa ter, prejuízos esses que vão além de perdas financeiras.
Apesar de algumas pesquisas apontarem que as mulheres são mais suscetíveis as compras compulsivas, para a psicóloga, não se trata de uma questão de gênero e sim de uma questão cultural. Nesse caso, a diferença entre homens e mulheres, está mais relacionada aos objetos comprados.
Segundo Cristina Ferro, é possível pensar que comprar por impulso pode ser um comportamento aprendido ao longo do desenvolvimento do individuo.
O tratamento psicoterápico é indicado quando o ato de comprar se tonar patológico, mas algumas atitudes podem a ajudar a conter o impulso.
Pessoas próximas ao individuo que sofre com a compulsão, como familiares e amigos, podem ajudar no tratamento. Cristina Ferro explica como.
Segundo Cristina Ferro, o tratamento da patologia não é simples e em alguns casos é necessário lidar com o processo neuro-químico, além do comportamental, mas é possível que com o tratamento a longo prazo, a pessoa consiga se reeducar com relação as compras. (Gabriela Lago)
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