Estabelecimento cheio, conversa animada entre os clientes, bebida gelada. No tradicional bar do Luíz, que fica na praça da quadra 110 Sul, em Palmas, só faltava neste fim de semana o personagem mais ilustre do lugar: um gato preto, batizado com o nome de Jacuboy.
O felino havia se tornado o mascote do bar e também de um grupo de amigos que passaram a se reunir ali há cinco anos. Jacuboy foi conquistando a todos de mansinho e adquiriu tanta moral junto aos clientes, que novos frequentadores deviam obedecer a um pré-requisito para serem aceitos, como explica o funcionário público Ronaldo Carneiro.
Como nessas histórias sempre tem uma ironia, o dono do bar, Luiz Caetano da Silva, diz que nem de gato era fã. Ele conta que Jacuboy, ainda um filhote sem nome e endereço, apareceu por lá durante as obras para a inauguração.
Dias atrás Jacuboy morreu, vítima de um acidente noturno. Foi parar no quintal de cães ferozes, e como é sabido essas espécies não se entendem há séculos! Mas duas grandes faixas em locais bem visíveis do bar homenageiam a memória do felino. No fundo, no fundo, o que o animalzinho representava para os amigos que vão ao bar do Luiz era uma elo que os unia. Que de certa forma contribuía para que opostos no futebol e na política convivessem em um ambiente de amizade. E isso não deve acabar, nem mesmo com a morte do mascote, garante o poeta Leonardo Póvoa. (Gleydsson Nunes)
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