Empresas de fachada, funcionários fantasmas, documentação falsa e atuação de servidores públicos. Com esses elementos uma quadrilha conseguiu tirar dos cofres públicos cerca de dez milhões de reais por meio de saques fraudulentos no seguro-desemprego. Nesta quinta-feira, a polícia federal deflagou duas operações, a Xeque Duplo e Duas Caras, para desarticular a quadrilha que atuava no Tocantins, Goiás e Maranhão. Aqui no Estado foram cumpridos treze mandados de prisão. Em Palmas, nas primeiras horas da manhã, foi presa Aldiva Rodrigues de Sousa. De acordo com a polícia federal ela teria recebido 51 mil reais. A PF aponta o marido dessa mulher, que cumpre pena de 21 anos por estelionato na casa de prisão provisória de Palmas, como o líder da quadrilha. O delegado Danillo Robato diz que os criminosos 'lavavam' o dinheiro comprando imóveis e carros de luxo.
A quadrilha ainda encontrou um segundo método para ampliar os ganhos. Após sacar o dinheiro do seguro-desemprego, o falso correntista ainda entrava com uma ação de contestação de saque junto ao banco para obter indenização, como explica o delegado Antônio Felipe da Silva.
Os materiais apreendidos pelos agentes da polícia federal foram aparelhos celulares, formulários de seguro, uma máquina para falsificar documentos, além de veículos. Os delegados que investigam o caso acreditam que existam mais pessoas envolvidas. (Gleydsson Nunes)
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