Em 1999, vítimas diretas da tortura e da perseguição praticada pelos militares durante a Guerrilha do Araguaia, ou parentes de mortos e desaparecidos no conflito armado, se reuniram e criaram uma associação para preservar a memória e buscar reparação do governo para os abusos cometidos. A Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia representa atualmente mais de mil pessoas com processos formalizados, e acompanha de perto o trabalho da comissão da anistia, que analisa os processos de reparação econômica. Durante a passagem da comissão em Palmas, no último dia 17, conversamos com o presidente da entidade, Sezóstrys Alves. Segundo ele, o número de processos julgados representa pouco mais de 10% do total.
Sezóstrys Alves diz que um entrave para a comissão da anistia recomendar a reparação econômica, e principalmente o ministério da Justiça publicar as portarias concedendo as indenizações ou pensões, está na dificuldade em encontrar documentos referentes à Guerrilha do Araguaia.
Na caravana da anistia, em Palmas, dos mais de cinquenta processos que estiveram na pauta de julgamento, onze obtiveram parecer pela anistia. (Gleydsson Nunes)
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